terça-feira, 19 de setembro de 2017

Uma vida falsa com a ajuda de redes sociais

É muito fácil ter uma vida falsa com a ajuda de redes sociais. Isto foi provado pela designer Zilla van den Born em seu trabalho acadêmico no qual simulou uma viagem à Tailândia.

Eu já ouvi falar de gente ir a algum lugar caro, ou fazer uma viagem, e neste lugar fazer uma sessão de fotos com muitas trocas de roupa, arranjos de cabelo, produções etc. Esta sessão é feita em algumas horas, e as fotos são usadas por meses, até um ano inteiro, sendo que em cada mês só as fotos com uma produção é postada, simulando assim uma viagem por mês ao local. A pessoa então, indo uma só vez ao local, simula que frequenta o local o ano inteiro.

Mas parece alguém resolveu levar isto, esta vida falsa postada nas redes sociais, para outro patamar. O fotógrafo (?) brasileiro (talvez) Eduardo Martins (Será que é este realmente o nome dele?) criou toda uma vida como fotógrafo de guerra, como fotógrafo da ONU, como estando nas mais diversas frentes de batalha, e como surfista em tempos vagos. Tudo isto divulgando nas redes sociais. Ele fez sucesso até que algumas coisas começaram a não se encaixar.

A BBC resolveu investigar e aí a história ruiu de vez. As fotos não eram dele, e sim, de outros que ele modificava um pouco para dificultar o reconhecimento, além de inventar outra história para a foto. Vários meios de imprensa (inclusive o The Wall Street Journal) descobriram que foram enganados por ele, publicando fotos de outros que ele roubou. Inclusive grandes agências de fotos foram enganadas por "ele" (A esta altura até se é "ele" ou "ela" eu não daria certeza.).

Detalhes nesta matéria da BBC.

Atualização

Depois que escrevi o texto descobriram quem é o surfista das fotos, e não é mesmo o fotógrafo. Ele é surfista e faz excursões de surf, e nunca foi para uma zona de conflito. Aparentemente o "fotógrafo" fez contato com ele algum tempo atrás, e usou as imagens de redes sociais dele.