quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Sobre pessoas sem valor criticando pessoas valorosas

Existem pessoas merdas, sem valor (ou com "valores" muito ruins), que em algum nível, seja conscientemente ou inconscientemente, sabem da sua falta de valor.

De alguma forma estas pessoas tentam parecer que tem mais valor que as outras pessoas. Uma destas formas é depreciar quem tem valor, quem é reconhecido como tendo valor, quem eles invejam etc, e assim não precisam melhorar.

Estas pessoas poderiam tentar melhorar, mas para isto teriam que admitir a sua falta de valor e o orgulho as impede de ver isso. Ainda tem o caso de grupo, de reconhecimento de grupo e o pertencimento a um grupo, que perderiam entre seus iguais se ela evoluísse. Elas perderiam o reconhecimento e o status que tem dentro de seus iguais. Isto se vê entre terraplanistas, e fica claro no documentário sobre Terra Plana no NetFlix. Estas pessoas se sentem valorizadas em seus grupos, por mais erradas estejam, e por mais sem valor que sejam.

Outro meio das pessoas sem valor (ou de valores questionáveis) colocarem valor para si é atribuir a si mesmas um título (Talvez "cidadão de bem" seja um destes.), uma distinção, medalhas etc, e assim se sentem superiores a outras, e até com direitos especiais por isto.

Também faz parte desta auto-valorização e da desvalorização dos outros, a auto-verdade, a pós-verdade, as teorias da conspiração, as mentiras, os delírios etc, pois assim criam uma crença na qual se inserem como heróis, como pessoas superiores etc (Fascismos, especialmente o nazismo com o mito do homem ariano superior, seguiram este caminho.).

O Jair Bolsonaro é um destes casos de pessoa sem valor, que buscou o reconhecimento sendo assim, se tornando o representante das pessoas merdas, com os piores conceitos, com os piores valores, com os piores egos etc, valores que não deveriam existir em uma sociedade saudável.

As redes sociais também ajudaram a estes "excluídos", justamente excluídos por não terem valor ou terem péssimos valores, a se encontrarem, e ainda incentivar o que tem de pior em dentro de si e dos seus semelhantes. Eles se sentiram parte de uma comunidade, se sentiram seguros de alguma forma. Mas isto não quer dizer que ainda se acham valorosos. Assim eles ainda tem a necessidade de atacar e desvalorizar os outros para se sentirem melhores, para se sentirem tendo valor. Para afirmarem o seu valor.

Redes sociais, mesmo informando em suas regras uma proibição ao discursos de ódio, na prática eles toleraram completamente. Grupos racistas, grupos nazistas, discursos de ódio, fake news, ofensas etc, tiveram campo fértil e livre nas redes sociais, e até foram incentivados (intencionalmente ou não), pois dava engajamento, audiência etc. Pessoas com poucos valores acabaram sendo influenciadas por este ambiente tóxico e adotando justamente alguns dos valores ruins propagados nele. Assim as redes sociais aumentaram a quantidade de pessoas com valores ruins. Elas foram redes antissociais em vários aspectos.

Por isto que o Bolsonaro tem um grupo de seguidores tão fiel, pois ele representa estas pessoas de valores ruins, os incentiva, os fazem se sentirem importantes. Ajudou a criar um orgulho da própria estupidez. Ele usou os campos férteis que foram as redes sociais, que ainda são, para pessoas com valores ruins.

Sim, valores são questionáveis. Então o que é um bom valor e um valor ruim? Que valores fazem uma pessoa ser ruim ou boa?

Um parágrafo acima já deve ter dado a dica. Um valor bom é o debate para a troca e evolução de ideias, e não para se sentir melhor do que o outro. É a metodologia científica. É o respeito ao próximo. É o atendimento das necessidades básicas das pessoas. É a empatia. É não acreditar em soluções mágicas, instantâneas e truculentas. É a evolução da sociedade, das pessoas e não se ater a um padrão rígido estabelecido em outras eras, em outra cultura, em outro tempo etc. São valores que aceitem a sua evolução, e evolução da sociedade. Etc.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Sobre bailes funk e diversões

Durante a década de 1990 um país teve sérios problemas com adolescentes e jovens, que incluía bagunças, alcoolismo, drogas, gangues, vandalismo, violência etc. Mas eles resolveram com a intervenção do estado, e de toda a sociedade.

Não foi como alguns por aqui defendem. Não foi colocando a polícia para massacrar os jovens, matar alguns, acabar com suas festas usando violência etc, que se resolveu o problema.

Foram criadas muitas atividades para eles, como esportes, escolas de música, teatro, atividades de socialização etc. Os problemas praticamente acabaram em poucos anos.

E o que tem em Paraisópolis? Só uma quadra de esportes (segundo eu soube) para toda a segunda maior favela de SP, pobreza e violência policial.

E este país do qual eu falava? Além de resolver os problemas com seus jovens, como efeito colateral foi o único país com menos de 1 milhão de habitantes a ir a uma copa do mundo, o que é um grande feito.

https://www.terra.com.br/esportes/lance/islandia-tem-esporte-como-aliado-na-luta-contra-uso-de-alcool-entre-jovens,1ca5fbf185193e3b4f6fbccd0cc11103xcq6t0ns.html

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38959125

E o que torna os bailes funk tão importantes para a juventude nas periferias, nas favelas etc? O fato de serem a principal forma de diversão, quando não a única. Não tem esportes, não tem teatro, não tem cinema etc, não tem quase nada senão uma realidade massacrante, e o funk para se aliviarem, para se divertirem, com tudo de ruim que pode acontecer nestes bailes.

Se você é contra estes bailes funk e o que pode acontecer neles (ou o que acontece neles segundo o que rola por aí), ou acha que adolescentes não devem participar deles, batalhe por mais opções para estes jovens, e não defenda a repressão. Assim o funk não será a sua principal opção (ou única opção), a juventude pode melhorar, e toda a sociedade.

Aliás, em alguns lugares só tem dois modos de escape desta realidade massacrante, que são o funk e a religião (Talvez isto explique o crescimento das igrejas evangélicas.).

Qual foi o destino no PowerPoint do Dellagnol?

Se lembram famoso PowerPoint do Dellagnol? Aquele que dizia que o Lula era chefe de uma quadrilha? Aquele que foi chamado de "Quadrilhão do PT"? Aquele que virou meme de tão patético que era? Aquele que a esquerda e todos de bom senso resumiram como "Não tenho provas, mas tenho convicção"? Aquele aplaudido pelos anti-petistas, especialmente os que foram adestrados a odiar o PT?

Ele virou um processo que foi julgado. E como para a justiça tem que prevalecer as provas, e não a convicção, foi uma absolvição sumária.

O juiz Marcus Vinicius Reis Bastos indicou que o processo foi uma "tentativa de criminalizar a atividade política". Mais exatamente (trecho retirado da notícia do Instituto Lula, que foi tirado da sentença do juiz):

“A denúncia apresentada, em verdade, traduz tentativa de criminalizar a atividade política. Adota determinada suposição – a da instalação de “organização criminosa” que perdurou até o final do mandato da ex-presidente DILMA VANA ROUSSEFF – apresentando-a como sendo a “verdade dos fatos”, sequer se dando ao trabalho de apontar os elementos essenciais à caracterização do crime de organização criminosa (tipos objetivo e subjetivo), em aberta infringência ao art. 41, da Lei Processual Penal”, afirma o juiz Marcus Vinicius Reis Bastos, da Seção Judiciária do Distrito Federal.

Alguns links para notícias da decisão judicial:

https://revistaforum.com.br/politica/lula-livre/lula-consegue-absolvicao-sumaria-no-caso-do-quadrilhao-do-pt/

https://institutolula.org/lula-absolvido-cai-a-farsa-do-quadrilhao

Mais exatamente, só eram convicções, e nada de provas.

PS: Que vontade de enfiar isto pela goela abaixo de alguns.