sábado, 26 de novembro de 2016

Uma ideia de vacinação em massa muito doida

Acabei de ter uma ideia muito doida de como fazer uma vacinação em massa, e talvez bem barata.

Imagine que, por engenharia genética e/ou edição de DNA etc, se cria vírus bem parecidos com o da Zica, os das Dengues (Existem vários tipos de Dengue.) e o da Chikungunya, mas que sejam brandos ou não causem a doença. Parecidos o suficiente para que o sistema imunológico, ao ter contato com um, passe a reconhecer o outro, o original, também.

Então se solta eles na população, o que pode ser com mosquitos contaminados com eles. Estes mosquitos irão picar pessoas, e expô-las a estes vírus modificados, e o sistema imunológico passará a atuar contra os vírus modificados e os originais, vacinando em massa a população deste local, de uma forma simples e barata.

Os outros mosquitos vão se tornar vetores multiplicadores, pois irão picar as pessoas com os vírus modificados, e depois algumas pessoas sem, vacinando outras pessoas.

As pessoas serão vacinadas, querendo ou não, sem agulhas, sem campanhas de vacinação, sem a necessidade de pessoal treinado em vacinação etc.

Mas existe uma série de problemas

Se existirem pessoas que tenham problemas com estes vírus modificados, não terá como não vaciná-las. Podem usar repelentes, mas não há garantias. A melhor chance seria se mudar para um lugar no qual o clima não permita a vida do mosquito.

As pessoas serão vacinadas, mesmo não querendo e/ou sendo contra a vacinação. Isto pode gerar problemas legais.

As pessoas que são contra vacinas vão ter verdadeiros ataques. Mas tem que dar um desconto, pois muitas são contra vacinas por motivos errados.

Durante o desenvolvimento pacientes expostos a estes vírus modificados não poderiam ter contato com mosquitos. Isto causaria uma "epidemia" e/ou "surto" da vacina em teste. Isto é complicado, e de novo pode ser necessário desenvolver a vacina em um lugar onde o clima não permita os mosquitos.

Pessoas que moram em áreas nas quais não tem mosquitos não seriam vacinadas. Teriam que ser vacinadas de outra forma, caso queiram ou precisem ser vacinadas. Se viajarem para áreas onde existam os mosquitos, podem acabar vacinadas e/ou podem acabar pegando a doença original. Podem também ser protegidas pelo efeito coletivo, isto é, pela ausência das doenças na população já imunizada do local de viagem.

A própria vacinação aconteceria em surtos. Quando a população local estiver vacinada, os vírus modificados, tal como os originais, tenderiam a desaparecer.

Existem mais questões éticas que podem ser levantadas, que não devo ter vislumbrado por não ser especialista em bioética. Podem falar delas nos comentários.

Mas de qualquer forma, é uma ideia interessante, mas iria contra justamente as campanhas contra criadouros de mosquitos. Seria mais um caso no qual a tecnologia e a ciência mudariam completamente um conceito. Neste caso, de combate aos criadouros de mosquitos para permitir que eles existam.

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