sábado, 30 de dezembro de 2017

Sobre medos profundos, inclusive um dos meus

As pessoas tem medos tão profundos, tão dentro de si, que não conseguem verbalizar ou compreender direito. Muitos destes medos nem são reconhecidos, inclusive porque, se for reconhecido, pode implicar em ter a assustadora situação de ter que encarar ele.

Eu tenho, você tem, todos tem estes medos.

E pensando sobre este vídeo me ajudou a entender um pouco mais um dos meus maiores medos, e a me tornar capaz de verbalizar ele, pelo menos em parte.

Um dos meus maiores medos é me tornar incapaz de aprender, de criar e testar novas ideias, de fazer novas associações de ideias, de continuar inventivo. Eu, mesmo não sendo capaz de verbalizar isto direito, encaro este medo todos os dias, luto contra ele todos os dias, me desafiando a aprender coisas, a observar o mundo, a coletar informações, a criar e testar novos modelos, novas coisas etc.

Sorte que eu tenho grandes aliados nesta minha luta, a minha grande curiosidade, o prazer que sinto quando aprendo algo, e o meu ateísmo, pois o ateísmo elimina o deus das lacunas, a "explicação" fácil do "foi deus que quis assim".

Mas isto me faz pensar por que algumas pessoas são tão reacionárias, sendo mais do que simplesmente conservadores. Elas devem ter medo de que os modelos que fizeram para o mundo não sejam válidos, ou que, com as mudanças do mundo, os seus modelos de mundo se tornem inválidos. Elas tem medo de mudarem, de se adaptarem, de mudar de opinião, e de que o mundo mude. Mas não reconhecem este medo, pois ele é muito assustador de se encarar.

Não é de se espantar que muitos destes sejam religiosos, pois algumas religiões criam um modelo de como o mundo é, ou deveria ser, de forma muito rígida, dogmática. E algumas pessoas se apegam a isto de forma muito ferrenha, pois dá uma sensação de ordem e de simplicidade, que é falsa. O mundo, o universo, é o caos e a eterna mudança, e está aí para aprendermos com ele.

Talvez isto explique por que algumas pessoas, como eu, adora os seriados Cosmos (tanto o de Carl Sagan, Cosmos, quanto de Neil DeGasse Tyson, Cosmos: A Spacetime Odyssey), e outras tenham medo dele.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Acho que deveria existir trabalho intermitente, mas...

Sei que vou provocar polêmica.

Não sou contra a existência da forma de trabalho intermitente, pois alguns lugares podem precisar deste tipo de trabalho, para completar pessoal em dias de maior movimento, cobrir folgas etc. Pode ser bom para algumas pessoas ganharem um extra como segundo emprego, ou estudantes e outras pessoas que não tem muito tempo disponível para trabalhar poder ganhar algum dinheiro.

Mas sou completamente contra a forma que foi implementada.

Acho que a taxa de desemprego tem que estar muito baixa, zerada ou quase, para isto poder funcionar.

O patrão teria que pagar encargos trabalhistas, o transporte, e se o turno for mais de que um tempo, talvez 4 horas, pagar alimentação.

E o pagamento deveria ser, pelo menos, o dobro de um funcionário fixo no mesmo turno de trabalho. Assim, se precisar com muita frequência de trabalho intermitente, passa ser mais barato contratar como fixo, e até dispensar a ida em alguns dias, poupando assim auxílio transporte e alimentação.

O trabalhador poderia ser intermitente de mais de um lugar, com um limite de 3 ou 4, por exemplo. Ou o limite poderia ser de horas semanais, como 40 ou 44 horas.

O patrão de um intermite deveria combinar com antecedência a ida do trabalhador. Se não combinar com alguma antecedência, o trabalhador deveria ter a opção de não ir.

Aí seria vantajoso para o trabalhador, e acho que razoável para o patrão.

Mas a forma que está, só é vantajoso para o patrão, e é uma forma de escravidão.

domingo, 19 de novembro de 2017

Conflito na ALERJ de 17/11/2017, com fotos

Em 14/11/2017, uma terça-feira, os deputados estaduais Jorge Picciani (Presidente da ALERJ), Paulo Melo e Edson Albertassi foram presos pela Polícia Federal. Na quinta feita, dia 16/11/2017, o Tribunal Regional Federal da 2ª Região  (TRF2) determinou por unanimidade (5 votos a 0) manter eles presos preventivamente, mas ainda restava a decisão da ALERJ, que ficou para a tarde de 17/11/2017.

Como era de se esperar, foi montado um protesto com caminhão de som em frente à ALERJ. As pessoas, especialmente os funcionários do estado, estavam querendo que eles continuassem presos, especialmente quanto ao Picciani, o presidente da ALERJ.

Com o estado em crise do estado do Rio de Janeiro, o Governo Federal não ajudando, parte do funcionalismo está sem receber salários, as medidas impopulares da ALERJ (entre elas a decisão de privatização da CEDAE, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), as lembranças dos conflitos nas votações do final do ano passado etc, os funcionários do estado queriam que eles continuassem presos. De certa forma, "queriam sangue", "queriam linchamento".

Eu não acredito na inocência do PMDB carioca, especialmente quanto à crise no estado do Rio de Janeiro. Eles se aliaram com grandes empresários, parece terem se tornado amigos demais deles, e misturado interesses pessoais dos empresários, pessoais deles mesmos, falta de escrúpulos com o interesse público etc. Por isto eu acredito que estes deputados estaduais podem ser culpados, mas não sei quanto. Acho que tem que ser investigados, mas me deixa incomodado todo este linchamento público, e da imprensa contra eles. Dá a impressão que tem algum motivo por trás.

Mas, como eu estava por perto, e com equipamento fotográfico, fui fotografar a manifestação diante da ALERJ. E notei algumas coisas interessantes, do tipo que deixa com uma pulga atrás da orelha.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

O Facebook está falindo?

Façam backup de tudo que é importante que tenham no Facebook.

Não deixem nada importante somente nele. Tenham em outros lugares.

O Facebook está agindo como se precisasse desesperadamente de dinheiro, como se estivesse em más condições financeiras.

Ele, meses atrás começou, de vez em quando, sugerindo que eu pagasse para que as minhas publicações fossem vistas por mais gente.

Depois começou a sugerir mais. Depois passou a perguntar em todas as publicações que eu fazia nas minhas páginas.

Poucas semanas atrás começou a insistir mais ainda, colocando estas mensagens na lista de notificações.

Agora atingiram um novo patamar, o de mandar e-mail pedindo dinheiro para espalhar as minhas publicações.

Isto me soa desespero para arrecadar dinheiro.

sábado, 21 de outubro de 2017

Desumanização do trabalhador

Trabalhei em uma empresa de software que gostava de chamar os programadores de recursos.

Eu odiava isto, pois despersonificava, desumanizava, as pessoas, o ser humano, o programador.

Eu me sentia como uma cadeira, uma mesa, um computador, energia elétrica, e não como um ser pensante. Chegaram a falar que era simplificação de "recurso humano", mas mesmo assim achava estranho, soava mal.

Aliás, tem algumas metodologias de desenvolvimento de software que despersonificam o programador, e ignoram que programar é produção intelectual, e não braçal. Mesmo com muitos programadores fazendo códigos parecidos, existem os que vão além, que tem uma compreensão maior do que estão fazendo e fazem códigos melhores, mais eficientes etc, e geralmente bem diferentes do que a maioria faz.

Estas metodologias tentam transplantar para o desenvolvimento de software o modo fordiano de produção, na qual cada operário faz uma única e simples tarefa, tal como uma máquina. E assim pessoas são descartáveis, como ferramentas.

Um dos motivos é a não aceitação das empresas de software que o software é uma produção intelectual, tal como obras de arte, que por vezes é criada de forma coletiva, por uma equipe. Este tipo de reconhecimento traria muitas implicações que não existem em produções industriais nas quais operários sempre fazem a mesma tarefa repetitiva na quais eles foram instruídos/treinados.

Mesmo trabalhadores que foram treinados/instruídos para fazer uma simples tarefa, são pessoas, e não máquinas. Elas tem direitos a serem respeitados. Elas tem uma vida. Mas, em nome do lucro, muitos empresários não querem ver isto. Só os veem como instrumento de produção, e nem sequer como potenciais consumidores (no fundo isto é contraditório).

Algumas coisas podem ser vistas na matéria do e-Farsas sobre fraldas no trabalho e alguns abusos, na matéria sobe o repórter infiltrado na fábrica da Foxconn, na entrevista do Benjamin Steinbruch ao UOL (não vi na íntegra) tem algumas coisas para se entender o que um empresário fala das leis trabalhistas (aqui tem o detalhe sobre a hora de almoço) etc.

O capitalismo, especialmente o modelo neoliberal, é concentrador de renda, e é auto-predatório. O máximo que consegue ver as pessoas é como consumidor e como meio de produção, e muitas vezes nem veem como as duas coisas ao mesmo tempo (Basta ver produções em países pobres, pagando mal aos trabalhadores, para tudo ser consumido em países ricos.). Então a visão de que são pessoas está muito limitada a estes dois pontos de vista.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Uma vida falsa com a ajuda de redes sociais

É muito fácil ter uma vida falsa com a ajuda de redes sociais. Isto foi provado pela designer Zilla van den Born em seu trabalho acadêmico no qual simulou uma viagem à Tailândia.

Eu já ouvi falar de gente ir a algum lugar caro, ou fazer uma viagem, e neste lugar fazer uma sessão de fotos com muitas trocas de roupa, arranjos de cabelo, produções etc. Esta sessão é feita em algumas horas, e as fotos são usadas por meses, até um ano inteiro, sendo que em cada mês só as fotos com uma produção é postada, simulando assim uma viagem por mês ao local. A pessoa então, indo uma só vez ao local, simula que frequenta o local o ano inteiro.

Mas parece alguém resolveu levar isto, esta vida falsa postada nas redes sociais, para outro patamar. O fotógrafo (?) brasileiro (talvez) Eduardo Martins (Será que é este realmente o nome dele?) criou toda uma vida como fotógrafo de guerra, como fotógrafo da ONU, como estando nas mais diversas frentes de batalha, e como surfista em tempos vagos. Tudo isto divulgando nas redes sociais. Ele fez sucesso até que algumas coisas começaram a não se encaixar.

A BBC resolveu investigar e aí a história ruiu de vez. As fotos não eram dele, e sim, de outros que ele modificava um pouco para dificultar o reconhecimento, além de inventar outra história para a foto. Vários meios de imprensa (inclusive o The Wall Street Journal) descobriram que foram enganados por ele, publicando fotos de outros que ele roubou. Inclusive grandes agências de fotos foram enganadas por "ele" (A esta altura até se é "ele" ou "ela" eu não daria certeza.).

Detalhes nesta matéria da BBC.

Atualização

Depois que escrevi o texto descobriram quem é o surfista das fotos, e não é mesmo o fotógrafo. Ele é surfista e faz excursões de surf, e nunca foi para uma zona de conflito. Aparentemente o "fotógrafo" fez contato com ele algum tempo atrás, e usou as imagens de redes sociais dele.

quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Em busca de uma outra rede social

Estou em busca de uma outra rede social. Uma que não parece existir. Uma que só tenham pessoas inteligentes, que saibam discutir assuntos e falar amenidades.

Uma que não tenha a gana de fazer dinheiro, ou de se gabar de ter o maior número de participantes.

Uma na qual todas as publicações tenham a mesma chance de serem vistas, e não as que pagarem serem as mais vistas.

Uma que não tenha pena de suspender ou banir quem for necessário suspender ou banir para manter o ambiente saudável.

Uma que tenha espaços para comentários grandes, e não os pequenos que só dá para escrever "Linda", "Gostosa", "Oooohhhhh" etc, e que mais que isto tem que ficar rolando texto.

Uma que não tenha frescuras com fotos de nudez, mesmo que elas tenham que ser marcadas para a pessoa escolher ver ou não.

Uma que tenha liberdade de expressão, mas que, principalmente, exija que as pessoas saibam o que é liberdade de expressão e opinião, e que ódio não é opinião. Muitos defensores do ódio, de doutrinas de ódio, como homofobia, misoginia, antissemitismo, ódio religioso, supremacia branca, nazismo etc, usam erroneamente o argumento de que o que falam é opinião, então tem o direito de expressar.

Uma em que os ataques de denúncias caluniosas em massa, mandadas por uma pessoa contra outra pessoa, surtam punições aos que fizeram a denúncia, e uma punição mais rígida ainda para quem coordenou o ataque.

Uma que exija o respeito aos Direitos Humanos, e que discursos como "Direitos Humanos é para defender bandido.", "Direitos Humanos para humanos direitos.", "Bandido bom é bandido morto." etc, representem a suspensão ou o banimento.

Uma rede social assim pode até se gabar de ter o ambiente mais saudável, as pessoas mais inteligentes etc.

Infelizmente eu conheço muita gente que se entrasse em uma rede social assim, ou a abandonariam, ou teria que se segurar muito e passar a pensar no que falam, ou acaberiam banidas.

Se já tem uma rede social assim, por favor, me avise, me digam qual é. Não duvido que alguns amigos meus queiram participar dela.

domingo, 6 de agosto de 2017

Programa Rebatendo

Tive uma ideia de programa de TV, ou para YouTube etc. Ele se chamaria "Rebatendo" e seria muito polêmico.

O problema é que possivelmente só teria uma única temporada, e ela teria que ser toda gravada antes de ir para o ar.

Os assuntos seriam:

- Negação do aquecimento global (Já sei quem entrevistar neste caso.)
- Terra Plana
- Terra Oca
- Astrologia
- Heliocentrismo (Se achar alguém defendendo isto.)
- Negação à ida à Lua (Acho que sei onde achar quem entrevistar.)
- Liberação das armas
- Cristais
- Homeopatia
- Neoliberalismo (Alguém do MBL? Onde achar alguém com algum nível intelectual para defender isto?)
- Programas sociais (Alguém contra programas sociais em geral.)
- Negacionista do Holocausto
- Quiropraxia
- Medicina alternativa
- Acupuntura
- Anti-vacinação
- Dietas estranhas
- Criacionismo
- Design Inteligente (Talvez junto com o Criacionismo.) (Deve-se chamar alguém do Núcleo Discovery-Mackenzie da Universidade Mackenzie.)
- Curas pela fé
- Exorcismo e possessões
- Nibiru (Talvez, mas aí já é bem absurdo, e difícil de achar um defensor disto.)
- Etc

Já estão vendo, pelos assuntos, que é polêmico. Mas o pior está adiante, que explica porque possivelmente só terá uma temporada e terá que ir ao ar somente depois desta temporada pronta.

Cada programa poderia ter cerca de uma hora, começando com cerca de 20 minutos a meia hora com alguém falando de um dos assuntos listados acima.

A segunda parte é uma entrevista, ou um conjunto de entrevistas, ou uma entrevista em conjunto, ou uma matéria etc, rebatendo tudo o que o entrevistado do primeiro bloco defendeu. Este segundo bloco tem que ser feito por pessoas sérias, pesquisadores, cientistas, professores universitários etc. Gente de ciência que conhece bem o assunto, usando a ciência, a lógica, dados, dizendo fontes etc, tudo o que a ciência de verdade é.

Os participantes do segundo bloco teriam assistido o primeiro bloco e tido um tempo para preparar o material para resposta, rebatendo os argumentos do primeiro entrevistado.

Sei que vai deixar muita gente furiosa, especialmente os entrevistados no primeiro bloco de cada programa, e depois de ir ao ar dificilmente vai se conseguir mais entrevistados.

Seria polêmico, trabalhoso pelo levantamento de material, de entrevistados etc, mas talvez seja necessário.

PS: Podem colocar nos comentários mais assuntos interessantes para este programa.

sábado, 24 de junho de 2017

O Facebook é uma rede social igualitária?

O que seria uma rede social igualitária? Eu diria que seria, entre muitas coisas, uma rede social na qual as postagens de todos tivessem a mesmas chances de serem vistas e curtidas, dependendo somente dos contatos do dono da postagem, de quanto ele consegue se promover pessoalmente, e do conteúdo da postagem. Mesmo assim poderiam ter aberrações, pois as pessoas poderia abusar de outros meios de divulgação para obter seguidores.

Mas - por querer arrecadar, e talvez até ganância - o Facebook não é uma rede social igualitária. Ela abre a chance de abuso de poder econômico.

Olhem abaixo uma das muitas propostas que recebi no Facebook ao publicar uma foto em uma das minhas páginas.


Isto implica que, se você publica algo que quer que seja divulgado, poderá ter muito mais alcance se pagar. As publicações deixam de ter chances igualitárias, e passam a serem influenciadas por dinheiro.

Empresas podem usar isto para aumentar o alcance das publicações de seus produtos.

Mas existe um lado sombrio que alguns já devem ter percebido. Imagine que você tem uma ideia, uma ideologia etc, e ela interessa a alguém. Ou se você quer fazer uma campanha contra alguém.

E os interessados na sua ideia, ideologia, campanha etc, (ou você mesmo) tiverem dinheiro, e estiverem afim de investir nisto, podem pagar ao Facebook para que as ideias, mensagens, memes, imagens, publicações etc (incluindo as postagens ofensivas aos adversários), sejam divulgadas em larga escala.

Nisto o Facebook ajuda a divulgar o que interessa aos quem tem poder econômico, e não o que interessa às pessoas em geral. E o que interessa a quem tem poder econômico? Ter mais poder econômico, e obter poder político.

Assim campanhas podem ser feitas para atacar empresas, produtos, políticos, ideologias, pessoas, até para desestabilizar países.

Isto me faz pensar. Será que a Primavera Árabe realmente foi um despertar do povo árabe? E as passeatas de meados de 2013 não foram uma primeira tentativa de desestabilizar o Brasil? E as pesadas campanhas difamatórias no Facebook nas eleições de 2014 não foram financiadas, e com postagens pagas? Será que a ascensão da direita e do neoliberalismo, com destaque nas redes sociais, não foram com financiamento por grupos interessados? Será que a invasão do Instituto Royal não foi um teste de manipulação de massas, ou algo pago por algum concorrente?

Será que divulgações falsas e alarmistas tais como a que dizia que o Lauril Sulfato de Sódio era cancerígeno não passaram de um teste para saber como estas coisas se espalhariam?

Será que a nova forma de terrorismo internacional não usa mais armas e bombas diretamente, e sim, manipulação das pessoas nas redes sociais?

Sim, cheguei ao ponto de teoria da conspiração, mas com uma diferença. Uso isto para criar dúvidas, e não certezas.

Mas voltando ao assunto. Sou favorável à total proibição de postagens pagas, de divulgação paga de postagens em redes sociais, especialmente no modelo que o Facebook está fazendo.

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Design Inteligente e Campo Minado

O Campo Minado é um jogo de computador viciante para algumas pessoas, e algumas jogam bem ele, inclusive eu. Ultimamente eu tenho jogado muito o mais simples, o que tem somente 10 bombas.

Existe a possibilidade de um jogo ser resolvido com um único clique, em zero segundos. Um jogo pode ser construído artificialmente para que isto aconteça. Mas com uma grande quantidade de tentativas, e um bom tempo de tentativas, existe a chance encontrar um jogo que resolva em um único click. Como eu sei? Aconteceu comigo.


Os defensores do Design Inteligente dizem que a vida, os animais etc, são complexos demais para terem se formado sem a intervenção de um criador inteligente. Eu digo que estão errados.

Um criador inteligente poderia criar um jogo de Campo Minado que se resolve em um único clique no lugar certo. Mas com muitas tentativas, pode acontecer, como aconteceu comigo, de espontaneamente gerar um jogo que se resolva em um único clique.

A natureza teve bilhões de anos para fazer tentativas e erros. Pela Seleção Natural os erros vão sendo eliminados, os acertos vão progredindo, e as mutações que não fazem diferença vão ficando perdidas no meio disto tudo. E assim, com uma sucessão de acertos (A Seleção Natural ajuda a ditar o que é "acerto".), progredindo passo a passo, chegamos à complexidade da vida atual no planeta.

Não precisa de nenhum criador inteligente, e sim, tempo, tentativas e seleção, e estas 3 coisas aconteceram, e ainda acontecem.

Atualização, 23/06/2017:

Achei que nunca repetiria a façanha... Mas o acaso permite que muitas coisas aconteçam.


Atualização, 27/10/2017:

E o acaso me fez repetir a façanha.




Atualização, 28/01/2018:

E fiz mais uma vez.




Atualização, 13/02/2019:

E não é que aconteceu de novo? Foi ontem, mas estou publicando só hoje.


E eu joguei muito nestes 12 meses e meio. Sim, e completamente aleatório.

Pode ser que repita de novo em breve.

Atualização, 24/08/2019:

Aconteceu mais uma vez.


O único clique foi justamente no número "4".

Atualização, 23/11/2019:

Se você chegou até aqui já deve saber  o que aconteceu. Sim, fiz em zero segundos de novo. Demorei mais a entender o que aconteceu do que a duração do jogo.


Quem sabe quando acontecerá pela oitava vez?

Atualização, 09/02/2020:

A oitava vez foi minutos atrás, e como várias das vezes, me pegou de surpresa enquanto via um vídeo. No caso era do Felipe Neto.


Só faltam mais duas vezes para que todos os recordes deste nível estejam com 0 segundos.

Atualização, 14/07/2020:

Mais uma vez, minutos atrás, pouco depois das 23:10, enquanto assistia atrasado esta live do Atila Iamarino.

Atualização, 08/05/2025:

Mais uma vez, minutos atrás, aproximadamente às 0:10, depois de quase 5 anos sem acontecer, resolvi em 0 segundos.

 

 Possivelmente esta será a última vez que anoto esta proeza neste artigo, pois não mais serão considerados records as próximas vezes que eu resolver em 0 segundos.